NEOARQUEO
21 fevereiro 2006
  Estas coisas dos carros...tem muito que se lhe diga

O relacionamento do Homem moderno com o automóvel é já um casamento consumado. Estudos arqueológicos ajudam a traçar os primeiros momentos deste romance. Foi à mais de 5000 anos que o “noivado” dos transportes com a roda triunfou na Eurásia. São necessários certos prérequisitos para o desenvolvimento dos veículos com rodas. O carro seria apenas inventado em sociedades que tivessem necessidade de mover cargas pesadas e volumosas, em distâncias consideráveis, por terras razoavelmente planas e firmes. Uma matéria prima apropriada, como a madeira, teria de estar próxima e disponível para a construção desses veículos. O primeiro motor mais forte que o homem, para fazer rodar as rodas já tinha sido resolvido no mundo antigo à 7 a 8 000 anos, com a domesticação dos animais. No próximo Oriente, cerca de 9 000 anos a.c. já tinham surgido as comunidades agrícolas. Os testemunhos arqueológicos dos primeiros carros inventados são encontrados nesta região, e aqui se encontraram modelos de carros feitos em cerâmica., dado que os carros de madeira, reais, dado a perenidade do material levou à sua decomposição rápida, chegando até nós vestígios mais recentes que o ano 5000. A figura central é de um carro encontrado na Arménia e data da segunda metado do 2º milénio a. C.
Se a Ford foi o primeiro construtor a massificar o automóvel, já à milhares de anos se tinha dado o “amor à primeira vista” entre o Homem e o carro.
 
<$Comentários$>:
Será que nessa altura já os fabricavam em série, vendiam a prestações e com grandes descontos para os trabalhadores?
Já andava desconfiado que o Sr. Ford, se calhar, não tinha inventado nada de novo.
:-)

E se um extra incluído fosse vir equipado com uma escrava romena?
Era de certeza o campeão de vendas - o carro do ano.

Um abraço
 
Estou admirado, o carro que apresentas na imagem tem quatro rodas, pelo que era mais fácil de puxar pelo gado, o que terá levado a regredir para o carro de duas rodas que se utiliza ainda hoje na minha aldeia?

O meu velho AX já é uma obra de arte do sec. passado, podemos tirar-lhe um daguerreótipo para mais tarde constar no museu.

Um abraço

GSK
 
Acho que o homem descobriu muito cedo dois dos seus três grandes "amores", o carro e a mulher, muito mais tarde o futebol....rssssssss
 
Então e a cerveja?
Que saiba já deve ter a bonita idade de 5000 anos !
 
Estes carros de 4 rodas serão, porventura, mais fáceis de puxar pelos animais que os de duas rodas que apoiam o seu peso nos mesmos. Obrigam, como diz o GreenSky a um esforço menor.
E sabemos quão pesadas eram as matérias que transportavam. Grandes pedras, por exemplo, para a construção de templos soberbos.
Mas se é verdade que as quatro rodas facilitam e possibilitam o transporte de coisas mais pesadas porque todo o esforço é feito unicamente nesse sentido, complicam nas manobras, sobretudo em sítios com pouco espaço. Suponho que, por essa razão, viamos em miúdos mais facilmente carros de duas rodas que não necessitavam de transportar grandes pesos e se viravam em pequenos becos.
Mas isso sou eu a falar julgando-me algum engenheirinho. Presunção e água benta...
Ouçamos o TSFM que terá a explicação adequada.
 
Quatro ou duas … até parece que não tiveram física, a questão da tracção não lhe diz algo ( JL ) … meus senhores antes de algum comentário vamos a documentar-nos, apreciem o desabafo “jocoso” do GSK .


“ Falo eu, ou chia um carro de bois”
Ainda é usual, ouvir muita gente a dizer esta frase … é o que faz descobrirem a roda e inventarem o carro e não descobrirem o Óleo para olear.

Xoxos marados TSFM…

Abraços
 
Quanto à questão das rodas (2 ou 4) refiro que carros com um par e com dois pares coexistem no mesmo tempo e no mesmo espaço: a título de exemplo a representação pictórica datando de antes do ano 3000 a.c. encontrada na Suméria, ou a representação pictórica encontrada na China datando do ano 1500 a.c. Ou um de 2 rodas datando de 2800 a.c. da Mesopotâmia.
Presume-se que os de 2 rodas teriam fundamentalmente uma utilização vocacionada para a Guerra (maior agilidade) ou para desporto, enquanto que o de 4 rodas teria principalmente uma utilização de transporte de carga.
 
Excelente esta pequena história do carro! Nunca tinha pensado em carros de cerâmica e nem tão pouco sabia da sua existência por isso fui-me imformar mais sobre o assunto. Obrigado por despertares a minha curiosidade.
 
este carro é mt a frente.. mas olhem eu acho q o ford so ajudou mesmo os bois.. e fez provocar mais acidentes.. não sei se pensou bem esse homem..
 
a questão da atração não se colocava do ponto de vista cientifico, mas colocava-se do ponto de vista da necessidade do dia a dia.
Se repararmos na arte rupestre das sociedades camponesas, antes de 3500 a.C., de atapuerca ou valcamónica, vemos carros com duas ou quatro rodas em cenas diversas. Aí podemos deduzir em que situações era usado um e outro. Neste momento não tenho presente estas situações, pois arte nunca foi o meu forte e já lá vão 5 anos desde que fiz esta cadeira no curso. Mas penso que vão ao encontro da explicação do António.
Por isso quando analisamos as sociedades mais antigas não nos podemos agarrar ao facto de a ciencia que nós conhcemos não estar desenvolvida na altura, pois estas socidades já tinham ciência mas era outra.
Como diz o ditado popular "A necessidade aguça o engenho".
 
Heischhh!!!
Depois de tantos anos de namoro entre o carro e o homem querem-me agora convencer a passar a andar de bicicleta! Era só o que faltava.
 
SPORTINNNNNNNNG
 
Blogoexisto, tem toda a razão. Por issso ir à Serra da estrela de bicicleta?!!! Livra eu vou é de mota.
 
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