NEOARQUEO
31 janeiro 2006
  Anta da Pera do Moço-Guarda

Vamos sair do Concelho de Mangualde, vamos até às terras da Guarda. Pela estrada N 221 que nos leva desta cidade até Pinhel, junto à aldeia de Pera do Moço, surge-nos ao lado direito um monumento megalítico. Implantado num vale aberto, junto a uma linha de àgua tributária do rio Côa, este Dolmen de Câmara com 7 esteios e de corredor curto, data de finais do IV e princípios do III milénio a.C. Ao longo dos anos, e pela convivência que teve com os homens foi-se deteriorando, a mamoa que o cobria já não existe. Do seu interior, em escavações, foram retiradas uma ponta de seta em sílex, micrólitos em quartzo, cerâmica lisa e mós manuárias, que serviam de cunha aos esteios. Em 2001 foi alvo de uma magnífica intervenção de recuperação e é assim, neste excelente estado de conservação que se apresenta a quem passa. Passei lá hoje, achei que vo-lo devia dar a conhcecer.
Uma nota de rodapé: a aldeia chama-se Pera do Moço, mas desengane-se quem pensar que deriva do fruto saboroso que por ali também se cultiva, o nome deriva de PEDRA, que com o tempo "evoluiu" para Pera. São vários os casos de localidades que se chamam PERA e sempre têm como origem um Dolmen.
 
28 janeiro 2006
  Cunha Baixa Medieval

A aldeia de Cunha Baixa, Mangualde, é comtemplada por sepulturas escavadas na rocha. Hoje falarei das do Curtinhal. Tomando-se o caminho em terra batida que parte da aldeia até às minas de urânio, num morro que se ergue ao lado esquerdo, lá estão as referidas sepulturas. O morro é granítico e ocupado por pinheiros e outas vegetação. Quanto ao espólio, quando fizemos o seu levantamento, nada apareceu. São três as campas que ali se encontram: duas numa mesma plataforma, a terceira surge-nos logo em baixo, já na planície. São antropomórficas, mas apresentam algumas nuances entre elas. As duas primeiras são rectangulares, com ângulos rectos e cabeça rectangular, cujos lados se encontram rebaixados relativamente ao nível superior do resto da sepultura. A terceira, rectangular também, apresenta a cabeça em arco de volta perfeita. Todas são de adultos, dado que as medidas vão dos 176 ao 185 cm de comprimento.
Quanto ao período a que pertencem, sabe-se que são medievais. Talvez das mais recentes, a avaliar pela tipologia, segundo alguns autores. Genericamente aceita-se que as sepulturas rupestres vão do séc. VII ao XI, altura em que se vulgarizam os enterramentos nos adros das Igrejas. Constituem um bom elemento para aferir do povoamento de uma derterminda àrea. Porque nos interessa a preservação destes túmulos, recentemente enviei um projecto de limpeza e recuperação deste núcleo, bem como das restantes da freguesia de Cunha Baixa, à Junta de Freguesia.
 
23 janeiro 2006
  Casa de Guimarães de Tavares

Por terras de Guimarães de Tavares, face à Serra da Estrela, existe um solar de uma das famílias mais distintas da região, nele se juntando os apelidos Henriques, Abranches, Cabrais e Soares de Albergaria. Dos possuidores da Quinta encontramos em 1º lugar, e remontando a finais do século XVI, Afonso Martins, "O Sardo". Seu neto, Francisco João Henriques Martins, fidalgo da Casa Real, juntamente com sua mulher, Catarina do Amaral Cabral, instituiram em 1662 o vínculo de Guimarães de Tavares, com capela sob a invocação de S. Bernardo. A esta família vai juntar-se no séc XVIII o apelido Soares de Albergaria, que se mantém até à actualidade.
Depois de transpormos o portão de entrada, encontramos uma bonita casa do séc. XVII de planta em L, despida de quaisquer lavores arquitectónicos e apresentando uma pequena varanda térrea, sustentada por uma coluna simples.
A capela, completamente integrada na composição global, apenas é assinalada por uma cruz esculpida na parte superior da porta, situando-se o sino no muro ao lado. No seu interior existe um belo retábulo de talha dourada de estilo "maneirista" (séc. XVII) e o túmulo do patriarca da família.
Na pilastra lateral da capela destaca-se um escudo em pedra, timbrado com um leão e com as armas dos Henriques, Cabrais e Amarais. in Casas Solarengas no Concelho de Mangualde, Anabela Ramos.
 
19 janeiro 2006
  A Arqueologia também tem disto...

Que dirão os meus amigos ao repararem no que resta deste cadeirão? Nada, concerteza…faz parte da nossa vivência. Quanto muito, no mais puro sentido ambientalista, que não deveria estar a apodrecer ali.
Agora imaginem que este era descoberto daqui a 50 000 mil anos? Uma realidade radicalmente diferente da de hoje…
Que perguntas os arqueólogos não farão nessa altura? Que teorias não avançarão?
Será o “trono” de um chefe regional (entenda-se Presidente da Câmara); Será o Cadeirão de um chefe local (leia-se Presidente da Junta); Será a cátedra do Sacerdote do Grande Culto do Descanso?...
Questões transcendentais como estas ecoarão nas salas das Academias de História, artigos altamente eruditos serão escritos nas revistas da especialidade.
Feliz do Arqueólogo que fizer a descoberta…tem aqui matéria para Mestrado ou quiçá Doutoramento…
Com efeito, ainda há que relacionar o cadeirão com os materiais encontrados à sua volta: a lata amolgada de Coca-Cola, a velha lata de atum Bom Petisco, a garrafa de azeite Gallo (cuja inscrição “a cantar desde 1919", datará com rigor absoluto o sítio), o sapato sem sola, o pneu recauchutado ali ao lado. Qual o significado simbólico do púcaro, de barro grosseiro, já sem asa, se encontrar junto da pata esquerda do cadeirão? Que local é este? Estaremos perante um Santuário repleto de oferendas e ojbjectos mágicos eivados de uma carga psico-simbólica extraordinária?
Estes são os alicerces para a elaboração de uma nova “cultura”.
Bem... na realidade não passa de um velho cadeirão, em madeira, não sabemos se de couro, napa ou tecido, que de velho aqui foi abandonado, porque substituído por outro, novo, e certamente mais confortável…
 
18 janeiro 2006
  Vénus, novamente...



Este artigo dá continuidade ao anterior na divulgação para um “público” não expert de parte da arte do paleolítico. Daí a expressão desempoeirar a Arqueologia... Várias são as interpretações que os pré-historiadores avançam para determinar o que estaria subjacente ao pensamento simbólico do homem paleolítico. Dizer-se que este ou aquele objecto, esta ou aquela representação pictórica faz parte de um determinado culto, pode ser falacioso, pois varia consante os autores: Leroi-Gouhran teorizou que a arte pictórica das cavernas evoluiu em termos de carga simbólica desde o primeiro momento até ao fim do Madalenense. Michel Lorblanchet alerta que as gravações de Chauvet deitam por terra todo o suporte da teoria do autor supra citado. Já lá vai o tempo da interpretação ingénua da “arte pela arte”, ao jeito de Soutuola (Altamira), já lá vai o tempo da interpretação global, aventada por Reinach em 1913, em que o fundamental era “ver” uma arte mágica (magia propiciatória ou magia de fecundidade), nascida e apoiada nas teorias do evolucionismo antropológico e sedimentada na síntese de Henri Brueil e largamente difundida pelos espanhóis e pelo já citado Leroi-Gouhran.
Hoje está-se fundamentalmente na desconstrução e no reposicionamento de todo o quadro cronológico e interpretativo da arte quaternária. As garvuras do Côa são a pedra basilar para esta nova abordagem. Autores como Martinho Baptista, Oliveira Jorge, Jelinek, entre outros, nenhum afirma categoricamente o que está subjacente a tais representações artísticas. Quando falam de Deusas da Fertilidade, culto disto ou daquilo…fazem-no com o cuidado de apresentar a sua teoria como sendo uma probabilidade, uma interpretação. Logo os pré-historiadores, dão a sua interpretação (subjectiva,) acerca da realidade (objectiva) que lhes é apresentada.
Parece então que estas estatuetas são um culto da procriação talvez não porque o artista assim o quisesse, mas porque os pré-historiadores assim o entenderam. Na interpretação da arte paleolítica várias teorias já se opuseram: Grafismo vs simbolismo, naturalismo vs esquematismo e realismo vs abstracção. Mas, entre o que o “artista” criou e o que o “critico” vê, muitas vezes vai um passo de gigante…
Que carga simbólica terão? Que representam estas estatuetas? Mulheres. Até por que no mesmo sítio de Vestonice aparecem outras bem diferentes das anteriores, comparem-se as fotos: não têm ventres dilatados,
outras são mamas estilizadas. A par das mulheres exageradamente gordas apareceram nos mesmos sítios arqueológicos mulheres magras, estilizadas. Interessante é verificar que neste sítio (Vestonice) uma quantidade diversa de estilos e de motivos coexistiram no interior de uma mesma cultura numa área limitada: a Morávia (Tchecoslováquia).
Apenas chegou até nós parte da arte deste homem, outra inevitavelmente se perdeu: será possível descodificarmos e compreendermos todo o saber paleolítico a partir da sua estética remanescente?
E destas rectas, gostam?
 
15 janeiro 2006
  VÉNUS do Paleolítico

Com o degelo da última glaciação a Europa viu a sua morfologia, a sua costa, a sua paisagem, a sua fauna, a sua flora completamente transfigurada. As planícies agora férteis com a deposição das poeiras das montanhas trazidas pelos ventos glaciares permitiram o aparecimento dos prados, e novas florestas, logo novas espécies de animais. Os rios encheram-se e novas espécies os povoaram. Foi neste quadro que o Homem do Paleolítico se permitiu desenvolver em todas as suas vertentes. A alimentação baseada na caça e na recolha, mais facilitada, permitiu uma sobra de tempo. Este tempo livre foi aproveitado para "iniciar" as "invenções" que não pararam mais até aos nosssos dias.
Nesta altura iniciam-se as grandes manifestações artísticas: gravuras nas grutas de Altamira, em Espanha, no xisto do Côa, etc. Nessas superfícies ficaram gravadas cenas do quotidiano, de caçadas, representações de homens, mulheres, crianças, animais...A arte do Paleolítico também se revelou na escultura: apresento-vos um exemplar das célebres "Vénus". Esta é a "Vénus" de Vestonice, encontrada na antiga Tchécoslovaquia. Mede 11.5 cm, em terracota. Os Pré-historiadores rapidamente teorizaram sobre estas esculturas: "deusas da fertilidade", "culto de..." Não sou especialista desta àrea, aceito as teorias dos mestres. Mas, eu vou agora desempoeirar a Arqueologia de tanta explicação erudita, filosófica, complicada, incompatível com a geral simplicidade e rudeza dos tempos antigos. Assim, independentemente dessas interpretações, o que o Homem do paleolítico esculpiu foi uma MULHER. E, com toda a certeza, o modelo que lhe serviu de inspiração foi a companheira do dia a dia, aquela que emprenhava dele e paria os seus filhos.
Os meus amigos gostam ou não destas "curvas"?
 
12 janeiro 2006
  Santiago de Cassurrães pré-histórica

Até à data os vestígios mais antigos que assinalam a presença do homem na aldeia de Santiago de Cassurrães são os artefactos em pedra polida, pré-históricos, encontrados nos anos 80, durante as obras feitas junto à Igreja Paroquial. É numa sala anexa ao templo que estão depositados dois dos machados encontrados. Parte de um terceiro está no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa. São ambos em anfibolito. A par destes testemunhos, nos terrenos contíguos, verifica-se a existência de diversos materiais cerâmicos e líticos tipicos da era romana: tegulas, imbreces, fustes de colunas, mós manuárias, e a via romana que por ali passava. Santiago de Cassurrães, hoje sede de uma das maiores freguesias de Mangualde, teve, sem dúvida, no passado mais longínquo um forte povoamento, mantido até aos nossos dias.
 
10 janeiro 2006
  Abrunhosa do Mato no Século XIII


Testemunhando o povoamento das terras do actual concelho de Mangualde está o grande manancial de vestígios arqueológicos. Estes provam a presença do homem desde a pré-história aos nossos dias. Para o período medieval, além da Arqueologia, existe uma fonte histórica imprescindível que fornece informações quer sobre a existência de determinada povoação quer para nos indicar os habitantes, seus nomes, relações entre estes e as localidades, etc. São as INQUIRIÇÕES DE 1258. Resumidamente elas foram efectuadas pela Coroa com o objectivo de cimentar a Administração Central, cadastrar o Reino, saber quem era quem, quem tinha o quê, que tipo de relaçoes existiam... Este sistema impediu a proliferação do Feudalismo em Portugal, pois permitiu a solidificação da autoridade régia. Iniciando-se no séc XIII perduraram até finais do Séc XIV.
Ao longo de vários artigos vou dando a "conhecer" aos meus leitores alguns habitantes das diversas aldeias daquele tempo. Antes, porém, quero referir que na génese destes artigos esteve um estudo extraordinário do meu caríssimo amigo Dr Pedro Nóbrega.
Assim, vou começar por Abrunhosa do Mato: Vem referida nas Inquirições, refere a existência de 4 casais foreiros ao rei, testados ao Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão por Donnus Guterri e Donna Maria, no reinado de D. Afonso II. Assim, a posse naquela altura era do Mosteiro e dava coleta. Não se conclui que estes senhores fossem naturais de Abrunhosa, nada o refere no documento. Mas esta localidade (sítio) já existia nesse tempo. Quem testemunhou foram pessoas de aldeias vizinhas, das quais falarei mais tarde.
 
07 janeiro 2006
  BANDA Musical em Abrunhosa do Mato

Abrunhosa do Mato não é de todo a Bahia, no Brasil, onde não se nasce estreia-se, dado o elevado número de artistas que possui, porém, artística e culturalmente esta aldeia sempre foi rica. Desde sempre houve manifestações culturais: teatros, ranchos, bandas, grupos musicais, músicos, escritores, actores de cinema, enfim uma panóplia. Hoje, as coisas não são bem assim.
Mas é da Banda Filarmónica que vos quero dar notícia: a avaliar por testemunhos orais e por fotos (uma das quais esteve patente durante alguns anos no Sótão, local de ensaios do Conjunto Irmãos Abrantes, do qual fiz parte) a Banda terá tido a sua fundação no longínquo ano de 1917. A sua fama correu célere e muitos foram os espectáculos por esse país fora. Se o mérito musical não se pode retirar aos músicos, a todos eles, é fundamental referir uma personalidade incontornável daquela formação: António Simão, o Mestre da Banda. Esteve na génese daquele projecto, deu-lhe corpo e, pelos conhecimentos extraordinários de música que possuia, naturalmente que a regência ficou nas suas mãos. Era necessário tornar publica esta homenagem, embora que singela.
A extinção da banda terá ocorrido no período de entre 1942 e 1947. Foi uma altura em que se verificou uma grande onda de emigração. Os Abrunhosenses sentiram necessidade de procurar novas paragens, novos horizontes, mais largos que os da terra que os vira nascer. Naturalmente que o Brasil, o ex-Congo Belga, ficaram enriquecidos com mais alguns músicos de craveira; perdeu a Abrunhosa. Sabe-se que por volta de 1947 já não havia banda, mas sim duas tunas ( rivais e antagónicas, e por isso efémeras) eram "Os Verdetes" e "Os Prazeritos".
 
02 janeiro 2006
  A "CERCA" de Espinho...que existiu ali?

Onde hoje se implanta a Fábrica de aglomerados de madeira SIAF/SONAE havia uma estação arqueológica, denominada por Cerca. Em 1893 Maximiliano Apolinário visitou o local e referiu, em carta dirigida a Leite Vasconcelos, que o local tinha telhas de rebordo e fragmentos de cerâmica grosseira, bem como uma facha de pedra, presumivelmente de um muro, e outras pedras. Um ano mais tarde L. Vasconcelos faz uma visita ao local e relata o mesmo tipo de achados, bem como outros materiais. Este arqueólogo publica o desenho (foto) e descreve-o: em A está uma pedra, e nesse ponto termina o muro. O espaço contido dentro do muro é levemente elevado, e a elevação representará entulho resultante das ruínas das casas. O nome de “Cerca” provém do muro (A-B). Em C a elevação é menor. As telhas de rebordo, tégulas, tanto aparecem na Cerca como nos campos em roda, que ficam pouco mais ou menos 0,50m abaixo do muro. Para este autor houve ali um povoado romano, isto é, um castro, não muito alto, embora não tenha detectado alicerces de casas, como refere. Pela descrição de M Apolinário à ocupação romana seguiu-se a medieval com a construção de uma estrutura defensiva. Para que terá servido? Há autores que não aventam qualquer hipótese, limitando-se a fazer a descrição do sítio. Pedro Pina Nóbrega é de opinião que, devido ao pouco destaque na paisagem, pela configuração e pelo parco espólio encontrado, e por exemplos de outros sítios, se está perante um recinto de guardar gado da época medieval.
Há pelo menos outro idêntico (quanto à provável finalidade) no Concelho, que tratarei noutro artigo.
 
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