NEOARQUEO
27 março 2006
  Torre de Vilharigues...Vouzela

As ruínas da Torre Medieval de Vilharigues, aldeia do Concelho de Vouzela, é, sem dúvida, um dos grandes marcos históricos daquela região. Tal como os castelos, esta torre está implantada numa acentuada elevação, proporcionando uma magnífica e soberba vista sobre a Vila de Vouzela e sobre todo o vale de Lafões. A torre terá sido construida em finais do século XIII inícios do século XIV dado que exibe dois matacães nas paredes e este elemento arquitectónico, típico das construções militares, introduzido no reinado de D. Afonso III, só passou a fazer parte das residências senhoriais fortificadas no consulado de D. Dinis. Esta torre também evidencia ameias e seteiras, aquelas, também típicas dos castelos, só com autorização régia podiam ser construídas nas habitações, o que lhe conferia imediatamente um prestígio imenso. As seteiras neste tipo de residência funcionavam, sobretudo como ventiladores. Era composta por 3 pisos, sendo o primeiro andar a sala onde o senhor recebia quem o demandava e o último piso destinar-se-ia aos seus aposentos. O piso térreo seria uma espécie de armazém. Desconhece-se quem a mandou construir. Este tipo de construções era fundamentalmente de habitação e não de defesa. A torre de Vilharigues, tal como as vizinhas de Cambra e de Alcofra, e aqui no Concelho de Mangualde a de Gandufe, fazem parte de um fenómeno europeu que em Portugal surge entre o século XII e XIII e tem como principal finalidade servir de residência à pequena e média nobreza rural. Sobretudo eram edificadas em vales férteis e ricos em água, mas por vezes acontecia estarem num monte como é o caso. Caro leitor e comentador, quando puder visite, veja a Torre Medieval e disfrute de uma paisagem inibriante.
 
<$Comentários$>:
Como é que eu já trabalhei durante vários anos para aqueles lados e nunca tinha reparado nesta obra?
Agora que não é minha zona vou ter que lá dar um salto....
 
Tantos restos de torres medievais, so da de Tavares, parece quem deixaram os alicerces, nem seria pela pedra, que e o que por ali a mais, seria foi pela perguica de corta-la.
Mudando de assunto, um conselho faca um pouco de dieta para puder comer por mim e por si, no proximo sabado.
Um abraco par todos, pode ser que para o proximo, possa estar presente.
 
Tal como o GSK não conheço. Faz-me lembrar a Torre de Alcafache. Há alguma semelhança entre elas ou sou eu que estou a ver coisas?
 
oh JL hás de dizer qual é a torre de Alcafache?
Não será antes de Gandufe, como refere o TSFM?
um abraço
 
Bela torre! Gostava que estivesse em melhor estado de conservação.
Que pena estar tão destruída.
Devia ser imponente.
--------------------
Lamento mas não vou poder estar presente no dia 1 de Abril.
Como vai ser sucesso garantido haverá outras oportunidades.
Divirtam-se por mim.
 
É impressão minha, ou este monumento já teve um arranjo envolvente, acesso melhorado, colocação de uma placa informativa, algumas pedras foram recolocadas ou colocadas novas … bem espaço agradável e preservado pela autarquia Vouzelense. Grande executivo ou grandes técnicos têm. É pena Mangualde não ter técnicos capazes de levar por diante projectos de arrojo para de uma vez por todas se sentir que os nossos monumentos estão a ser olhados por "gente experiente que sabe realmente disto, gente que sirva e não se sirva"

Abraços
 
Ora, como já deram conta pelo reparo do Pedro Pina Nóbrega, não li o texto todo (mea culpa) e onde disse Alcafache queria dizer Gandufe.
Claro que se no dia em que deixei o comentário apressado tivesse terminado a leitura do texto não teria tido necessidade de fazer a pergunta que deixei :-)
Foi a notória falta de tempo e a vontade de deixar uma marca da minha passagem... Enfim, acontece :-)
 
Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]





<< Página inicial
Espaço para reflexões sobre Património Cultural, Arqueologia, Historia e outras ciências sociais. Gestão e Programação do Património Cultural. Não é permitida a reprodução total ou parcial de qualquer conteúdo deste blog sem o prévio consentimento do webmaster.

Arquivo
setembro 2005 / outubro 2005 / novembro 2005 / dezembro 2005 / janeiro 2006 / fevereiro 2006 / março 2006 / abril 2006 / maio 2006 / junho 2006 / julho 2006 / agosto 2006 / setembro 2006 / outubro 2006 / novembro 2006 / dezembro 2006 / janeiro 2007 / fevereiro 2007 / março 2007 / abril 2007 / maio 2007 / junho 2007 / julho 2007 / setembro 2007 / outubro 2007 / novembro 2007 / fevereiro 2008 / abril 2008 / maio 2008 / setembro 2008 / outubro 2008 / novembro 2008 / dezembro 2008 / março 2009 / abril 2009 / maio 2009 / junho 2009 / julho 2009 / agosto 2009 / setembro 2009 / outubro 2009 / dezembro 2009 / janeiro 2010 / abril 2010 / junho 2010 / setembro 2010 / novembro 2010 / janeiro 2011 / fevereiro 2011 / março 2011 / abril 2011 / maio 2011 / junho 2011 / julho 2011 / agosto 2011 / setembro 2011 / outubro 2011 / novembro 2011 / dezembro 2011 / janeiro 2012 / abril 2012 / fevereiro 2013 / junho 2013 / abril 2016 /




Site Meter

  • Trio Só Falta a Mãe
  • Memórias de Histórias
  • arte-aberta
  • Rede de Artistas do Arte-Aberta
  • Museu Nacional de Arqueologia
  • Abrunhosa do Mato
  • CRDA
  • Instituto Arqueologia
  • Terreiro
  • O Observatório
  • Domusofia
  • O Mocho
  • ACAB
  • O Grande Livro das Cabras
  • Teoria da conspiração e o dia dia do cidadão
  • O meu cantinho
  • Escola da Abrunhosa
  • O Fornense
  • Um Blog sobre Algodres
  • d'Algodres:história,património e não só!
  • Roda de Pedra
  • Por terras do Rei Wamba
  • Pensar Mangualde
  • BlueShell
  • Olhando da Ribeira
  • Arca da Velha
  • Aqui d'algodres
  • n-assuntos
  • Universidade Sénior Mangualde
  • Rotary Club de Mangualde
  • galeriaaberta
  • Francisco Urbano
  • LONGROIVA
  • Kazuzabar