Os rios, hoje como outrora, dificultavam a passagem das gentes duma margem para a outra. Constituiram, durante séculos, barreiras naturais de afastamento de pessoas e culturas. Ao mesmo tempo funcionaram também como pólo atractor de populações, de aproximação, de meio de transporte. Ao longo do seu curso as populações foram fixando-se e formaram simples habitats, inicialmente familiares, mais tarde aldeias e em inúmeros casos de cidades e grandes cidades. O rio desempenha então um papel determinante do Devir Histórico. Mas, inevitavelmente as suas margens continuam a ter um papel de separação, pelo menos geográfica e físicamente. O homem desde cêdo criou estruturas que lhe permitiram a livre circulação entre elas: as pontes. Se hoje temos pontes de tamanhos desmesurados que são autênticos tributos ao génio humano, a Ponte Vasco da Gama, a 25 de Abril, por exemplo, não pudemos esquecer que exemplares em madeira foram os progenitores destas maravilhas da engenharia. Apresento-vos um humilde espécimen de uma velha ponte romana, em granito, que ajudou a transpôr com eficácia e durante séculos as margens de um pequeno rio em terras de Vila Nova de Foz Côa. Hoje está substituída por uma, mais larga e que satisfaz as necessidades das gentes actuais, mas que em termos de arquitectura fica a anos luz da vetusta romana, que teima em resistir, mesmo às águas fortes que por debaixo dela ainda vão passando. Subscrever Enviar feedback [Atom]