5 de Outubro de 1910: A República
O republicanismo português assenta as suas raízes na trilogia da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e fraternidade.
Liberdade de pensamento, igualdade jurídica entre os diversos cidadãos, solidariedade entre as diferentes classes sociais. É aqui, sem dúvida, que se centram as ideias-força que subjazem a este movimento.
Postulava-se, igualmente, o princípio da soberania nacional, a prática de eleições livres, a adopção de uma constituição votada pelos representantes do povo, a subordinação do poder executivo ao poder legislativo. A república seria, portanto, o coroamento lógico de qualquer regime assente nestes princípios e nestas práticas, ainda que eles pudessem coexistir com a instituição real. Assim aconteceu na França com a revolução de 1789, que levaria à queda do trono. Assim foi em Portugal: fazendo um percurso lento e pouco acidentado, pode detectar-se uma linha condutora que liga a Revolução Liberal de 1820 à revolução republicana de 1910.Das correntes mais radicais das Cortes Constitucionais de 1820 ao Setembrismo de 1836, da teorização e da prática dos primeiros republicanos, convincentemente assumidos como tais, à irrupção do movimento republicano entre 1870 e 1880.
O ideal republicano ganha força e desagua impetuosamente a 5 de Outubro de 1910.
PS Este Post foi transferido para data posterior por questões técnicas.