Inavsão dos Campos de Milho...ou a defesa do ambiente?
Hoje apetece-me fugir um pouco à temática que norteia este espaço. Apetece-me escrever não sobre o que marcou as atitudes do Homem no passado, as suas obras, as suas manifestações, mas sim sobre o que na actualidade o Homem faz para mudar as coisas ou nem por isso.
Vem-me à ideia a recente invasão de um campo de milho no algarve. Por ser uma plantação de milho transgénico uns quantos auto-apelidados de activistas acharam-se no direito de invadir e destruir aquilo que é dos outros. E, convictos de que têm razão, lá vão eles: cara tapada, destruindo a ceara...
Será que estes activistas já ouviram falar em propriedade privada? Mas, afinal quem são estes "senhores" defensores do ambiente, tão empenhados no bem-estar do seu semelhante? Quem? Alguém me sabe dizer? Na minha opinião são uns "meninos esquisitos" que nunca fizeram nada na vida, a não ser viver à conta dos outros e que leram uns quantos livros da década de setenta e, fora de época, se acham os arautos da boa-nova da defesa do ambiente. No fundo são uns cretinos...
Ficar-lhes -ía melhor se, ao invés de invadirem a propriedade privada, organizassem uma manifestação sobre aquilo que são contra e sobre aquilo que até são a favor, pois muitos dos que lá estavam andam muito confusos, e, depois de devidamente autorizados pelo Governo Civil, fariam chegar ao seu semelhante a sua mensagem: isto sim é Democracia, é manifestar civilizadamente a opinião que se tem. Agora a invasão e destruição da propriedade privada???
Nos USA esta situação teria o seguinte tratamento: o proprietário teria pegado na sua "Winchester" e aberto fogo naqueles defensores do próximo. Resultado: alguns teriam morrido...Ao proprietário o que aconteceria? iria a tribunal e lá seria ilibado pois estava a defender a propriedade privada e a sua segurança. Até aqui nada de novo...
No Algarve, antiga Província de Portugal o que aconteceu? Bem, lá apareceu a GNR, de cacetête na mão e numa nítida atitude de quem está a tentar organizar o trânsito de uma qualquer avenida onde aconteceu algo que não era esperado...O que se ouviu na TV foram algumas vozes de alguns soldados da GNR a pedir calma aos agricultores...Calma?...Mas então os agricultores, os donos, os lesados da invasão e da destruição têm que ter calma? E um bocadinho de indignação? só mesmo um bocadinho, não?
Valha-me Deus, que pode...
Portugal é isto?
Depois de ter lido imensos livros sobre regimes políticos e liberdades de pensamento, sobre activismos de toda a espécie, depois de ter convivido amiúde com "forças" de pensamento desde a direita à esquerda, numa altura em que na Universidade de Coimbra, e um pouco por todo o país, as camadas jovens (onde eu me integrei) tentavam "alinhar" um pensamento, uma conduta, uma maneira de ser e estar consentânea com 10 anos de pós 25 de Abril, só posso pensar que as camadas jovens mais recentes, num espírito de defesa do ambiente ainda não têm a maturidade que é obrigatória. É que para fazer prevalecer a Justiça, a Igualdade, a Liberdade, a Democracia, o Planeta, o Ambiente, e seja lá o que fôr...é necessário o respeito intrínseco da Lei.
Na Academia Coimbrã dizia-se: Dura lex sed lex...
PS Este Post foi transferido para data posterior por questões técnicas.