NEOARQUEO
10 janeiro 2011
  H D, o General sem Medo

Faz hoje anos, 50, precisamente, que o General sem medo, Humberto Delgado, afirmara que se fosse eleito Presidente da Républica demitiria o Presidente do Conselho de Ministros, António Salazar. Claro que isso não aconteceu. As eleições fizeram-se, poram perdidas por Delgado, foi condenado ao exilío e acabou morto perto de Badajoz. Ao que se diz, oficialmente, às mãos da Pide; por outro lado o seu neto, que acabou de lançar um livro dedicado à vida do oposicionista do regime fascista, afirma que este morreu espancado e não com uma bala, mas contudo às mãos da PIDE...

A História faz-se com os factos que de facto acontecem e não com suposições...por isso é descabido e não faz sentido afirmar que se Delgado tivesse ganho as eleições Portugal teria seguido outro rumo. Este tipo de pensamento, por mais interessante que possa ser é sempre uma suposição e as conclusões são sempre as que a nossso bel prazer quizermos tirar. Não me quedo por isso numa argumentação deste género, mas sou tentado a dizer que se Delgado tivesse ganho as eleições e tivese cumprido a promessa de demitir, obviamente, Salazar, a História deste país, até então ainda capital de um Império, ter-se-ía escrito inevitavelmente de forma diferente. No mínimo diferente. Mas o Processo Histórico é assim mesmo, fatalmente acontece como tem que acontecer, ou, sem laivos de "fado" à portuguesa, acontece como acontece, pela acção e pela inércia do Homem. Istoé, subjacente ao Processo Histórico está sempre a acção, a reacção, a contrareacção, a conjugação de diversos factores e conjunturas várias, bem como a não acção, o desinteresse, a impotência...
Todavia, mais cedo ou mais tarde, as Sociedades tendem à alteração, tendem à mudança: quando não é de uma forma evolutiva é-o de uma maneira revolucionária...
Como dizia o poeta e cantor: "o sonho comanda a vida..."

PS Este Post foi transferido para data posterior por questões técnicas.



 
<$Comentários$>:
A velha questão dos "Se"...
Tivesse sido a história diferente ou não, o que importa é que, homens como Humberto Delgado não faltem nos dias de hoje...
 
Muito bem Ana Rita, porque foram com homens como ele que se fez um Portugal livre e democrático.Pelo menos, tu sempre assim o cnheceste e ainda bem pra todos nós.
Ant. Joaq.
 
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